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Monday 19 May 2014

Primeiros momentos em Londres / First moments in London

Ao sair do comboio, no caminho para casa, o suporte das rodas de uma das nossas quatro malas desfez-se no meio da rua. Um típico gentleman que ia a passar por nós abrandou, olhou com um ar superior de infelicidade fingida e comentou:
- Que pena... É por isso que eu não saio do meu país, porque coisas destas acontecem.
Uns passos mais à frente voltou-se para trás e continuou:
- As pessoas não devem sair do sítio onde foram postas. Se não saíssem, estas coisas não aconteciam.
Seguiu viagem e nenhum de nós disse nada. Rimo-nos e lá arrastamos a mala da melhor maneira possível.
Tem sido uma aventura aterrorizante, esta de deixar tudo para me mudar, ainda que não seja para demasiado longe. Mas tenho pena de quem pensa assim. Se eu me tivesse ficado pelo que era mais fácil, nunca teria conhecido pessoas incríveis, nunca teria experimentado coisas fantásticas, nem teria vivido momentos inesquecíveis.



When we left the train, on our way home, one of our four luggages was seriously damaged in the middle of the street. A tipical gentleman who passed by us slowed down, looked at us with a condescending and fake unhappiness and said:
- How unfortune... This is why I never leave my country, because then things like this can happen.
A few steps ahead, I turned back to us and proceeded:
- People shouldn't leave the place where they were put on. If they didn't, these things would never happen.
He kept on walking away from us and none of us said a thing. We laughed and carried the bag as good as we could.
It has been a terrifying adventure, leaving everything to move away, even if it is not too far from home. But I feel sorry for those who think this way. If I had embraced only what was easier, I would had never met amazing people, I would had never tried awesome things, and I would had never lived unforgettable moments.

1 comment:

Gui Trigo said...

Ele há cada maluco..., no mau sentido, claro!