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Saturday, 6 December 2014

Luxo


Luxo é trabalhar no prédio onde vive a minha irmã e receber um telefonema dela, só porque sim, para passarmos o resto da tarde juntas. E fazer isso mesmo: comprar um croissant, encher um copo com coca cola zero (sempre zero), enfiar-me debaixo de uma manta ao lado dela e falar bem e mal até serem horas de ir comprar ingredientes para o jantar que me comprometi a fazer. E passar o resto da noite a rir, a beber sommersby e a tentar comer uma fatia gigante de bolo de chocolate.
Luxo é ser quase inverno e eu sentir que, de certa forma, posso recuperar o meu verão.

Thursday, 4 December 2014

Sufoco

Ontem voltei a ter um triste encontro com a realidade das temperaturas baixas: quando o tempo está frio não consigo correr sem que a minha garganta se feche como se tivesse um pedregulho lá dentro. E eu, que até estava a fazer um bom ritmo, tive de resignar-me a algo semelhante a uma marcha e a aceitar que, até as temperaturas voltarem a aumentar, as corridas passarão a ser feitas na passadeira, indoors.
Mas quando parei para recuperar algum do oxigénio, sentei-me num montinho de relva mesmo em frente ao rio, com o sol a dar-me na cara, a fazer uma introspeção e a tomar decisões de vida. Bem,  de resto, ultimamente é quase só a isso que me dedico.
Ocorreu-me, então, um pensamento que me sufocou um pouco mais do que a falta de ar durante a corrida... Há gente de quem nos despedimos numa de um dia destes combinamos qualquer coisa e que somos capazes de nunca mais encontrar, mas isso não nos inquieta. De vez em quando somos capazes de nos lembrarmos dessas pessoas, mas temos a segurança de que um dia, se quisermos, podemos pegar no telefone e combinar um café. No entanto, há gente de quem nos despedimos conscientemente para sempre, da vida de quem saímos e a quem pedimos para sair da nossa por sabermos que é o melhor a fazer, e, ainda assim, passamos dias de clausura a chorar de saudades, a sentir o coração apertado e os pulmões incapazes de trabalhar.
Que sentido é que isto faz?

Friday, 12 September 2014

É verdade (7) / That's true (7)

Quando temos uma família, amigos, colegas e conhecidos junto de quem nos sentimos bem, à vontade, mas há uma pessoa para quem queremos sempre ir no final do dia, com quem somos mais nós do que com qualquer outra, para quem foge o nosso corpo e o nosso pensamento, com quem pensamos nos momentos de aperto e nos de maior felicidade, com quem partilhamos tudo (ou quase) em que pensamos, praticamente sem o filtrar, e, ainda assim, é sempre ao lado dela que nos sentimos melhor... é, sem muita margem para dúvidas, amor. E um amor que vale a pena.

Imagem:https: //www.facebook.com/LoveSexIntelligence

When we have our own family, friends, co-workers and acquaintances among whom we feel comfortable, at ease, but there is someone else we can always go home to at the end of the day, with whom we can be ourselves as with no one else, to whom our body and our mind run to, in whom we think when we are sad, worried or extremely happy, with whom we share everything (or almost) we think of, before we even filter it, and, still, it is with that person on our side that we feel really good... then it is, without a doubt, love. And it's a love worth loving.

Wednesday, 13 August 2014

Free pass

Se há coisa que me custa aceitar é esta tendência que as pessoas têm de entrar e sair da minha vida de livre e espontânea vontade, como se tivessem um free pass para os sentimentos. Hoje gostam, fazem por estar, por conhecer, por dar atenção. Mas amanhã já estão cansadas, já dá trabalho, já não apetece continuar, porque o início é muito mais giro, a tentação é divertida, o perigo apimenta tudo.
Um dia vou inventar um manto de frieza com o qual me visto sempre que for tomar um café, ou jantar, ou ao cinema, ou simplesmente conversar com alguém. Só muito de vez em quando abro uma frecha, para ver no que dá. Se for intenso demais, o melhor é fechar novamente, voltar a tapar-me e deixar que os sentimentos sejam barrados pelo tecido.
Porque quando o sentimento acaba, o vazio é imenso.

Foto daqui / Picture from here


I cannot accept at all this tendency people have to come in and out of my life as they want, as if they had a free pass for feelings. Today they like, they make everything they can to be together, to get to know me, to pay attention. But tomorrow they are tired of it, it takes a lot of work, the willing to carry on fades away, because in the beginning everything is so much funnier, the temptation is amusing, the danger is spicy.
One day I will make a coldness cloak that I will wear anytime I go out for a coffee, a dinner, a movie or a conversation with someone else. I will only allow me to open it rarely, just to see what comes of it. If it's too intense, I will close it again, wrap it around myself and let the feelings to be blocked by the fabric.
Because once the feeling is gone, the emptiness is too deep.

Friday, 25 April 2014

O beijo / Kisses

Lembro-me do primeiro beijo na testa que recebi. Andava no secundário, estava incomodada por já não sei bem o quê e, ao fundo das escadas, esperava-me a minha grande paixão do momento, não correspondida. Chamou-me para junto dele, conversou comigo e deu-me um beijo na testa.
Se fosse uma banda desenhada, teriam surgido vários pontos de interrogação à minha volta, porque só conseguia pensar que não se dá um beijo na testa a qualquer pessoa. Na cara é comum, na boca até pode ser fácil, mas na testa... só se dá um beijo na testa de alguém de quem se gosta mesmo muito, que queremos ter ao nosso lado o máximo de tempo possível. É um beijo unilateral, que não pode ser retribuído ao mesmo tempo. Só é dado porque se quer mesmo, não é deixado lá por distração.
De facto, nunca cheguei a saber o porquê daquele beijo. Provavelmente ele não pensava da mesma maneira que eu. Não interessa.
O que sei é que ainda hoje um beijo na testa me faz promessas, pede-me que fique, que nunca me esqueça. E é a minha maneira de fazer o mesmo.



25 de abril / 25th of April



O 25 de maio este ano é em abril.
De hoje a um mês fará um ano que casei e os meus planos incluíam comer parte do bolo que congelei com os meus sogros e a outra parte com os meus pais. Como num ano muita coisa muda e temos viagem marcada para daqui a umas semanas, ser-nos-á extremamente complicado levar e armazenar em Londres um bloco de comida congelada.
Já não sei muito bem como (acho que graças à minha chantagem emocional), o meu amor está neste momento a vir ter comigo para passar o fim de semana. Os planos mantêm-se, apenas com um mês de diferença: rumamos daqui para casa dos pais dele onde iremos vestir as roupas que usámos no dia 25 de maio de 2013 (temo muito que o meu vestido não feche!) e comer parte do bolo; pouco depois rumamos a casa dos meus pais, pelo caminho apanhamos a minha irmã/madrinha de casamento, onde iremos lanchar a outra parte do bolo.
À noite, e porque ainda não estaremos juntos no dia em que fazemos anos de namoro, vamos jantar os dois num restaurante por onde passamos todos os dias e onde nunca entrámos, já vestidos à civil.

Isto não invalida que no dia 25 de maio haja novamente festa, até porque no dia seguinte é feriado...

Monday, 7 April 2014

Porto - Londres / Porto - London




Partir é bom, regressar é melhor ainda. Faria todo o sentido se não tivesse o coração dividido em dois: parte dele é portuense, a outra parte é londrina. Esta última foi a que deixei, a que vi ficar, com um aperto na garganta de lágrimas mal disfarçadas à janela do autocarro que me levou para o aeroporto. Mas regressar assim é menos complicado quando se tem a irmã à espera com um jantar acolhedor e muitos mimos. Não resolve tudo, mas ajuda.
Hoje foi o primeiro dia de uma nova etapa que já começou, de facto, há uns meses. De manhã, nada previa que corresse bem: quando acordei tinha o cilindro desligado, apesar de tê-lo mandado aquecer água com muita antecedência, e o cabelo por lavar, o que requereu literalmente bastante ginástica para conseguir sair de casa como se nada de estranho tivesse acontecido; para acabar em grande, percorrer as ruas de Londres como se fosse incansável deixou-me uma dor no pé que, gentilmente, achou que o melhor momento para ceder era precisamente ao descer as escadas da empresa, em frente a um aglomerado de trolhas, perante o qual me estatelei desgraçadamente.
Ainda assim, cheguei a casa feliz, porque dois dos meus medos eram infundados. E as perspetivas fazem-me, agora, sorrir.

Monday, 24 March 2014

Conversas via skype (3) / Skype conversations (3)

- Quantas garrafas de água com gás terás aí no quarto?
Perguntou ele, enquanto via a pequena quantidade de desarrumação que o vídeo do skype permite.

- Aqui tenho duas.
Respondi, enquanto bebia outra.

De manhã, quando acordei e percorri a casa, dei com duas na casa de banho, três na mesinha de cabeceira e três na sala.
Pensamento positivo: antes isto do que vinho ou vodka...


Sunday, 23 March 2014

Viagens da minha vida / Trips on my life


Na semana passada fui renovar o passaporte, que me levou a percorrer uma pequena parte do mundo. Fui buscá-lo no dia em que passei no exame de condução e em que, horas mais tarde, me meti num avião rumo ao aeroporto de Orly, para começar o meu ano de Erasmus: 27 de setembro de 2007.
Enquanto esperava por que me chamassem, corri mentalmente as várias cidades por onde passei com ele na mão. A primeira paragem com partida de Paris foi Bucareste, aonde fui com uma amiga que tinha conhecido um mês antes. Senti-me rainha, adorei e detestei a cidade. Prometi que lá voltarei com o meu amor assim que puder.
Depois do Natal, peguei no passaporte, nessa amiga e em mais duas e fomos a Viena, a Bratislava e a Praga, numa saga feminina por países de línguas estranhas. Adorei Viena, quero lá voltar também, viver o conto de fadas que é a cidade, revestida de cor de rosa, de palácios e de histórias de sonho.
Só voltei a pegar-lhe dois anos mais tarde, quando fui aos Estados Unidos. A minha vida mudou entretanto, conheci o meu amor, comecei a namorar com ele, conheci os pais dele, fui viver com ele e fomos de férias os quatro, durante um mês a percorrer uma parte da América: Nova Iorque, S. Francisco, Los Angeles, Las Vegas, Grand Canyon, Bryce Canyon, Canyonlands, Rocky Mountains e Denver.
Entretanto casei, o meu passaporte caducou e a minha vida exigiu-me que o renovasse. Vou usá-lo pela primeira vez daqui a menos de duas semanas, quando for a Londres passar quatro dias a matar saudades e, espero, vou pedir que o carimbem, para ter esta fase toda registada, tal como tive a anterior.


Tuesday, 4 March 2014

Desvantagens de viver sozinha / Disadvantages of living alone

Nem tudo - aliás, quase nada - é rosas nisto de viver sozinha e à distância da pessoa de quem se sente imensuravelmente a falta. Para começar, vejo-me obrigada a tratar de tudo aquilo que eram tarefas dele, como compor o que se estraga e levar o lixo e a reciclagem. Fazer a cama com um edredon duplo, já de si algo complicado, torna-se praticamente impossível quando feito apenas a duas mãos. Continuando na cama, dormir sozinha é mau, tenho frio, perco-me na cama e sinto a falta do cheiro e do toque dele (abraço-me à t-shirt que ele cá deixou desta vez, mas não é mesmo igual). As séries que via com ele vão-se atropelando na fila de espera, aguardando ansiosamente que tratemos delas. Fazem-me, também, falta os passeios a dois, dar as mãos e, acima de tudo, conversar sobre tudo e sobre nada, identificar-me com ele a cada palavra e a cada pensamento e sentir-me protegida pela compreensão dele.
O pior são mesmo os momentos sozinha em que penso no que faria se ele estivesse aqui e morro um bocadinho de saudades...

Saturday, 15 February 2014

Viveram felizes para sempre / They lived happily ever after



Cresci a ver os filmes da Disney em VHS na versão brasileira, a cantar as músicas todas e a assumir uma das personagens (normalmente a princesa, claro). O primeiro que vi foi a Bela e o Monstro e adorei todas as outras histórias dos Príncipes e das Princesas, muito mais do que de qualquer um com animais. Na vida e nos desenhos animados sou muito mais a favor dos seres humanos.
Hoje em dia, como qualquer aficionado da Disney que se preze, vejo Once Upon a Time, que só veio corroborar a minha opinião quanto à Branca de Neve: toda a história dela é aborrecida e não traz nada de novo. Com as restantes, a Princesa Cisne incluída (ainda que não pertença à mesma família), aprendi imenso sobre a vida e, sobretudo sobre o amor e a importância da amizade. Acho que, se refletirmos um bocadinho sobre cada uma das histórias, conseguimos compreender e solucionar situações que achávamos absolutamente irresolúveis.

A Pequena Sereia (o que eu adoro aquele cabelo enorme e vermelho) fez o favor de mostrar a responsabilidade que assumimos ao tomar uma decisão e que, de facto, a vida está cheia de decisões importantes. Algumas irreversíveis, outras não. O importante é tomá-las e vivê-las, assumi-las sem medo, acarretando todos os resultados que delas advém. E não vale a pena partirmos do princípio que as grandes decisões têm sempre um senão desagradável: afinal, ela perdeu a voz e deixou o mar para ficar com o Príncipe, mas a cena final mostra-nos a Ariel a falar, rodeada pelo mar, pelo pai e pelos irmãos.
Arriscar é, muitas vezes, uma atitude louvável.

A Bela e o Monstro contam-nos a velha história das aparências que iludem, das caras que não mostram os corações ou dos corações que não estão estampados na cara. A Bela e o Monstro contam, na verdade, uma história que atualmente é um fenómeno impossível de ignorar: cada vez mais as pessoas conhecem o âmago umas das outras antes de lhes conhecerem as caras. Isto porque com a proliferação das redes sociais é preciso saber distinguir a imagem transmitida pelas fotografias criteriosamente escolhidas para serem tornadas públicas da imagem real da pessoa. É essa a vantagem (ou desvantagem) das novas tecnologias: é mais fácil conseguir conhecer os outros sem nos deixarmos distrair pela sua beleza ou fealdade.

A Princesa Cisne é, para mim, a mais bela história alguma vez contada. Não é o Príncipe que é encantado, mas sim a Princesa, que espera por ele e acredita que ele vai encontrá-la. A Odete e o Derek, afastados pelos ciúmes de um louco, acreditam no amor que os une para "além da eternidade" e não se deixam embalar na cantiga de que a distância se encarrega de destruir tudo. Se o amor for realmente forte aguenta qualquer derrocada, até porque, como diz o outro, há "aviões, comboios e autocarros". Corre-se, se for preciso.
Uma vez mais, uma história aplicável aos dias de hoje (aos meus dias de hoje) e à realidade da emigração.
"A beleza é só o que importa para você?" é uma das frases mais memoráveis que a Odete lança iradamente ao Derek quando ele tenta fazer-lhe uma declaração de amor desajeitada. Os homens são, em grande parte, desajeitados para estas coisas e algumas mulheres ficam embevecidas pela cantiga da beleza. Eu sou como a Odete e o "és bonita" não me chega.

Do Aladino retiro a prova de que o dinheiro não traz felicidade, mas ajuda. Se há coisa que me incomoda é o preconceito que os pobres têm contra os ricos. Não é por os outros terem e eu não que vou guardar-lhes rancor, não é por os outros comprarem aquilo que eu quero que vou invejá-los, mas há muito quem se deixe dominar por esse complexo de inferioridade ao ponto de ficar estagnado, sem se permitir sonhar nem/ou avançar. O Aladino não se deixou intimidar e foi em frente na loucura de conquistar a Princesa. Conseguiu. E tem um tapete mágico (eu sonho com um).

A Bela Adormecida vem um bocado na onda da Princesa Cisne e da teoria de que o tempo não desgasta nem esvai o amor. Para além, disso, a Aurora, tal como eu, acredita que o Filipe lhe estava destinado e que se conheceram porque tinha de ser. Porque tinham sido feitos um para o outro. Eu gosto sempre de pensar que tudo acontece por alguma razão.

A Cinderela, à semelhança do Aladino, não se deixou subjugar pela sua condição económica inferior à daquele de quem gostava. A história da Cinderela (e a minha) fundamenta e é fundamentada pela tese de John Donne de que "ninguém é uma ilha por si mesmo", porque a existência de alguém na vida de cada um, que nos apoie, que esteja lá para amparar as quedas, seja um pai, um irmão, um amigo, um marido ou um padrinho, é de uma importância vital.

No geral, como é óbvio, cada uma destas histórias sustenta o poder incontestável do amor, quer seja aquele que une um homem e uma mulher (ou um homem e um homem ou uma mulher e uma mulher), quer seja o que une as amizades e as famílias.


Friday, 14 February 2014

Will you be my valentine? (15)


Cinderella: A dream is a wish your heart makes when you're fast asleep. In dreams you will lose your heartaches. Whatever you wish for, you keep. Have faith in your dreams, and someday, your rainbow will come smiling through. No matter how your heart is grieving, if you keep on believing, the dream that you wish will come true.

Thursday, 13 February 2014

Will you be my valentine? (14)



Princess Aurora: I know you, I walked with you once upon a dream. I know you, the gleam in your eyes is so familiar a gleam. Yet I know it's true, that visions are seldom all they seem... but if I know you, I know what you'll do: you'll love me at once, the way you did once upon a dream...

Wednesday, 12 February 2014

Will you be my valentine? (13)


Sultan: Well, am I sultan, or am I sultan? From this day forth, the princess shall marry whomever she deems worthy!

Jasmine: Him! I choose... I choose you, Aladdin.

Aladdin: Call me Al.

Tuesday, 11 February 2014

Will you be my valentine? (12)


Odette: You have to make a vow of everlasting love...

Prince Derek: I'll make it. It's all I've ever wanted.

Monday, 10 February 2014

Will you be my valentine? (11)


Belle: Don't talk like that. You'll be alright. We're together now; everything's going to be fine, you'll see.

Beast: And at least... I got to see you... one last time.

Sunday, 9 February 2014

Will you be my valentine? (10)


Ariel: If I become human, I'll never be with my father or sisters again.
Ursula: That's right. But you'll have your man. Life's full of tough choices, isn't it?

Thursday, 6 February 2014

Dia 1 / Day 1

Hoje é assim que estou: triste, doente e perdida. Sei, ou pelo menos espero, que vai melhorar, que o passar dos dias e o skype ajudam, mas o meu problema não são os dias, mas sim os fins de tarde e as noites, quando chego a casa e me falta tudo, quando me ponho a ver o fim do mundo onde ele não existe e desato a chorar como se isto fosse algo mau. Não é. É a concretização de um projeto há muito esperado e ansiado mas que, como qualquer plano que se preze, foi ligeiramente alterado.
Essas modificações, por mais pequenas que sejam, são o que me mói, mesmo sendo elas por uma ótima razão.
Voltei às contagens decrescentes.




This is how I feel today: sad, sick and lost. I know, at least, I hope, that it will get better with time, that every day will be easier that the previous one and skype is of a lot of help. However, my problem is not the days, but the evenings and the nights, when I come home and I'm missing it all and I see the end of the world everywhere it isn't, so I cry so hard, as if something bad was going on. It isn't. It is only the accomplishment of an old and desired project which, like any other plan, was slightly changed.
And those little changes are the cause of my pain, even if they came for a great reason.
I'm back to counting down the days.

Monday, 3 February 2014

Don't stop believing

Está feito. Quatro anos mais tarde, depois de uma boa dose de deliberação, de muito apoio e de pôr alguns projetos em stand by, tenho um marido doutorado.
A primeira etapa foi alcançada com sucesso, tal como previsto, e estou aqui a inchar de orgulho. Que venha o resto...



It's done. Four years later, after being carefully thought out, with lots of support and some projects on pause, my husband is now a PhD.
The first big step was successefully concluded and I couldn't be prouder. Let's face the rest of them.

Sunday, 26 January 2014

Inspira... expira / Breath in, breath out

Dois dias muito importantes se aproximam. Estiveram longe, foram pensados, risquei a contagem decrescente do calendário, as semanas ainda eram muitas, embora a passagem do tempo já fosse angustiante. Agora, de repente, estão aqui a bater à porta e eu vou ter de deixá-los entrar.
O primeiro é o fim de uma temporada, o culminar de um projeto importante a ambicioso em que sempre acreditei. Apoiei-o, mas o trabalho foi todo feito por ele, dia sim dia sim, com algumas interrupções involuntárias pelo meio. Vários longos anos de stand-by de muitas outras coisas que chegam agora ao fim e eu não vou poder estar lá para testemunhá-lo.
Tenho orgulho, como sempre. Muito orgulho nele e no que tem feito em todos os aspetos da vida dele. Sei que não teria a coragem suficiente, a inteligência, a persistência, o empenho e a paciência para o que este objetivo implica, mas também sei que ele tem isso tudo e muito mais. Acredito nele cegamente.

O segundo representará, a todos os níveis, o início de uma etapa completamente nova, uma experiência por que nunca quis passar, mas que terá mesmo de ser e uma experiência por que sempre quis passar e, finalmente, cá está ela. Vou/vamos precisar de muita força, o tempo vai passar lentamente, vai doer um bocadinho, mas vai ser por uma ótima razão.
Estou com uma ansiedade agri-doce que tanto me dá para soltar risinhos nervosos, como para fazer beicinho e ter vontade de lacrimejar.


Two very important days are almost here. They were far away, they were thought about, I crossed the calendar every single day and although there were still many weeks ahead of us, the passage of time was already a bit painfull. Now, all of a sudden, I can hear them knocking on my door, asking for me to open it and let them in.
The first one is the end of a season, the culmination of a very ambicious project in which I never stopped believing. I supported him, but the work was all his, day by day, involuntarily interrupted from time to time. Long years where many other things were postponed are now ending and, unfortunately, I won't be there to testify it.
I'm proud, like I always am. I am very proud of him, of every single idiosyncrasy in his life, specially because I know I wouldn't have the courage, the intelligence, the persistence, the commitment and the pacience needed for this project. But I also know he has it and much more, that's why I blindely beleve in him.

The second one will mark, in every possible way, the beginning of a brand new phase, of an experience I never wanted to live but I'll have to and of an experience I've always wanted to go through and that, finnaly, is right here. I/we will need all the strength in the world, time will pass slowly as never before. It will hurt a little bit, but, in the end, it will be worth it.
I'm feeling a bitter-sweet anxiety that in one moment makes me giggle and, in the other, makes me want to  pout and tear.