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In other words...

Saturday 30 June 2012

Anda a ser tudo à primeira


O noivo foi escolhido à primeira.
Apaixonei-me pelo primeiro vestido que vi.
Hoje fui visitar a primeira quinta e apetece-me não procurar mais nenhuma e ficar já com esta.
E não estou nada stressada, por isso não é devido à pressão. Se for tudo assim, tenho o casamento pronto antes do Natal.

Friday 29 June 2012

Seleção nacional


Ontem fiquei triste. Não chorei, mas disse apetece-me chorar uma data de vezes, berrei muito e senti-me um pouco desolada quando falhámos o último penalti.
Normalmente acho que se gasta demasiado dinheiro e que se empenha demasiada energia no futebol, durante o ano todo. Acho ridículo quando os telejornais abrem com uma notícia sobre um jogo, ou quando as pessoas andam à pancada por causa da bola. Mas também sei que se há coisa que une um país é a sua Seleção e a vontade de trazer para casa um título.
Não, se ganhássemos não sairíamos da crise, não acabaria o desemprego nem curaríamos todas as doenças, mas a verdade é que durante os vários minutos que durou cada jogo houve muita gente mais feliz, com mais esperança e com um objetivo em mente, ainda que momentaneamente.
E não há mal nenhum nisso.

Wednesday 27 June 2012

O amor é isto


Mesmo agora, tanto tempo depois, quando recebo uma mensagem dele a dizer amo-te, derreto-me toda, esteja onde estiver.

Primeiros passos nisto do casamento - o vestido


Comecei, na semana passada, a folhear revistas com vestidos e quintas para casamentos, mas muito calmamente para não me assustar já e decidir fazer mas é uma festa informal na Pizza Hut. Logo na primeira ou segunda revista, os meus olhos fixaram um vestido e não queriam, por nada, largá-lo.
Quando ontem peguei em mais um par delas, dei por mim a pensar, a cada vestido que via, mas o outro é mais giromas a parte de cima do outro é que é como eu quero; mas os apontamentos do outro são muito mais bonitos do que os deste.
Acho que assim, de um momento para o outro, me apaixonei por aquele que poderá vir a ser o meu vestido de noiva.

Tuesday 26 June 2012

Termostatos


Quando os meses avançam, o verão se aproxima e o calor se intensifica, gosto de sentir o calor, de andar de manga curta e de pernas à mostra e de ter nitidamente a noção do aumento das temperaturas.
Quando ainda estamos no inverno ou já vamos na primavera e chega, como prenda de Natal ou de Páscoa, uma onda de calor para nos abraçar e lembrar que o verão está aí não tarda, adoro sentir-me ridícula por não pôr meias nem casaco por cima das roupas menos grossas.
Mas esses pequenos prazeres raramente nos são permitidos porque os responsáveis pelos vários estabelecimentos têm uma lógica da batata do género de "se lá fora está quente, então cá dentro já podemos fingir que vivemos no pino do inverno, numa qualquer aldeia do Pólo Norte" e uma pessoa sente-se na obrigação de andar com blusão só para ir ao centro comercial.
Por isso ontem, que passei o dia a trabalhar sozinha, deixei a porta aberta para a rua, para ver se o escritório aquecia um bocadinho. E soube-me bem, bem.

Monday 25 June 2012

O bom de ser turista (3)


Encher um cartão de memória com fotografias de momentos, de caras e de lugares para as rever e mostrar a quem pede.

Saturday 23 June 2012

A minha cronologia


Há doze anos apaixonei-me pelo filho de uma professora minha. Escrevia o meu nome com os apelidos dele e achava que combinavam perfeitamente, especialmente porque ele era uma pessoa muito simpática, muito correta e que me tratava amorosamente, apesar de nunca como eu queria.
Três anos depois cresci, entrei para o secundário e perdi-me de amores por um bad boy não muito bonito (agora que penso nisso à distância acho, até, que tinha ar de sujo), algo convencido, bastante inteligente mas daqueles que não sabem aproveitar a inteligência que lhes foi oferecida e, para variar, era um querido comigo, mas andei anos à espera do beijinho que nunca chegou.
Há quatro anos mandei-me para Erasmus, perdi-me de amores apaixonantes pela minha outra cidade e pelo homem da minha vida, que conheci lá. 
Quatro anos depois metemo-nos num avião rumo a Londres e ele levou, em segredo, uma caixinha no bolso. Ajoelhou-se, estendeu-me a caixinha com um anel lindo e pediu-me para casar com ele num bocadinho de tarde soalheira no Hyde Park, no meio da relva, sem ninguém à volta.
Eu disse que sim e sinto-me a mulher mais feliz do mundo.

Friday 22 June 2012

O bom de ser turista (2)


Comprar uma data de recordações e prendas para quem fica cá à minha espera e distribuí-las entre sorrisos.
Para mim trago sempre mais um ou dois ímanes para a coleção.

Thursday 21 June 2012

Modas estranhas


Numa carruagem de metro apinhada, o meu namorado olha muito curioso para uma asiática à minha frente e pergunta:
- O que é que se passa com os olhos dela? São mesmo esquisitos.
Eu respondo:
- Tem pestanas postiças.

Pestanas postiças estão, para mim, exatamente ao mesmo nível que as esferas de rouge vermelho vivo que as meninas fazem no meio das bochechas, quando brincam com a maquilhagem da mãe.

O bom de ser turista


Comer só porcarias e, ainda assim, emagrecer de tanto andar.

Wednesday 20 June 2012

Mais bonitinho

Ontem assisti ao encontro de dois velhotes na rua em que, após as saudações iniciais, diz o velhote 1 para o 2:
- Você está mais bonitinho, não está?
Ao que o velhote 2 responde:
- Quem, eu? Não!

E isso fez-me lembrar da vez em que fui ao dentista e ele me perguntou o que é que eu tinha feito, que estava mais bonitinha. Das duas vezes interpretei o mais bonitinho/a como algo do género de antes era tão feiinho/a e horrível, mas agora já não tenho náuseas só de olhar para a sua cara.
Esta mania de falar com diminutivos ultrapassa-me.

Saturday 9 June 2012

Aventuras capilares


Andei meses a tentar arranjar coragem para ir cortar o cabelo, coisa que não fazia desde outubro, pelo que a simples tarefa de me pentear começava a ser dolorosa. Entrei num cabeleireiro que proclama ser orgulhosamente português e fui atendida por uma brasileira que, embora não tenha jeitinho nenhum para lavar cabelos, cortou o meu tal como eu queria: menos de dois dedos, escadeado e em triângulo. No final, e apesar de a ter informado de que estava a chover, dedicou uma meia hora a esticar-me o cabelo demorada e perfeitamente.
Fiquei satisfeita com o resultado e já posso deixar crescer o cabelo durante os próximos seis meses, sem me queixar de cada vez que lhe passo a escova.

Friday 8 June 2012

Preparação para as férias


Adoro ir de férias, pegar na mala (já feita) e aterrar num outro país, numa outra realidade. Não gosto de levantar voo, não gosto de andar de avião, mas como dificilmente encontro um meio de transporte mais rápido do que este, tenho de contentar-me com o que temos. Seria, aliás, muito feliz se pudesse teletransportar-me, mesmo que a viagem de teletransporte demorasse o tempo que demora a de avião.
Gosto de planear a estadia, de marcar os pontos a não perder e de vir embora tendo descoberto outros ponto de que ninguém me tinha falado.
Adoro ir de férias e viajar, mas os dois ou três dias que antecedem a partida dão-me sempre um desarranjo nervoso: é preparar documentos, é fazer depilação, é fazer malas, é verificar que não fica trabalho por fazer. O que vale é que até agora as viagens têm compensado.

Thursday 7 June 2012

O Exótico hotel Marigold


Uma história de amor perdida e recuperada.
Uma história de um amor perdido e uma história de um novo amor.
Uma história de um amor proibido.
Uma história de um amor desfeito.
Uma história de um amor que nunca existiu.
Uma história de um amor por filhos de outros.
Uma história de um amor sexual e sensual.
Um sonho impensável e um amor de mãe/filho.
O Exótico hotel Marigold, para além de ganhar pontos extra pelo sotaque inglês, é um filme fantástico cheio de humor, de comoção e de reflexões sobre a vida, que nos ajuda a deixar aquilo que temos de ser e a tentarmos ser o que queremos ser. Em jovens ou na terceira idade.

Monday 4 June 2012

Harry Potter e a melancolia da adolescência


Ontem à tarde esteve a dar na televisão o Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Deitei-me no puf a ver aqueles meninos tão pequeninos que pareciam saídos do berço mas que agora são adultos a interagir no primeiro filme da saga e a regressar à minha adolescência, quando peguei num destes livros pela primeira vez e o ofereci nos anos a uma colega minha.
Quando o Harry conhece o Ron pela primeira vez, na passagem para a plataforma 9 e 3/4, soltei duas lagriminhas, não sei muito bem porquê. Adorei os livros, adorei os filmes e fiquei melancólica quando saí da sala de cinema, no final do último dos últimos.
A J. K. Rowling foi a primeira pessoa a ficar milionária devido, apenas, aos livros que escreveu, mas não foi por acaso. As histórias são fantásticas, a maneira como as descreve também e embora visem um público especialmente jovem, a verdade é que agradaram também aos mais crescidos.
Não sou uma geek do Potter, mas sinto-me privilegiada por ter tido uma obra como esta a fazer parte do meu crescimento.

Uma possível definição de verão


Devorarmos, os dois, meia meloa em menos de quinze minutos.

Saturday 2 June 2012

Que nojo!


Falar com alguém com um mau hálito tão forte que chega ao cúmulo de ser mesmo enjoativo é nojento. Pior só mesmo quando a dita pessoa resolve que o que nos vai dizer tem de ser em segredo e aproxima-se perigosamente da nossa cara.
A minha solução passou por ir andando para trás, mas isso só a fazia dar mais dois passos na minha direção. Como não funcionou, percebi que a única coisa que me ia permitir sobreviver à conversa era virar os lábios para cima e cheirar o batom.
Posso ter ficado com ar de anormal, mas ajudou.

Friday 1 June 2012

Queima sem fitas

Foto daqui
Eu vivi aquela época académica conturbadíssima: a da entrada do processo de Bolonha e da ambientação a todas as alterações que se impunham. Entrei num curso de quatro anos e acabei por fazer um de três com opção de me candidatar a um mestrado independente da licenciatura.
Por conseguinte, nunca ficou muito bem definido qual era o último ano do curso (se o terceiro, se o segundo do mestrado), pelo que a confusão foi adiando o ano das fitas.
No mestrado os meus colegas eram quase todos mais velhos, daqueles que tinham tirado cursos pré-bolonha e que já tinham as fitas assinadas e guardadinhas em casa no baú das recordações e com tanto estudo, trabalho e relatório, esqueci-me que o último ano era, provavelmente, o das fitas presas à pasta.
Nunca fui ligada à praxe, mas tenho uma ligeira pena (não muita) de ter sido finalista duas vezes e não ter umas tirinhas de tecido azul escuro assinadas pelas pessoas que me querem bem, como teve a minha família toda.
É duro ser cobaia da sociedade.