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In other words...

Wednesday, 13 August 2014

Free pass

Se há coisa que me custa aceitar é esta tendência que as pessoas têm de entrar e sair da minha vida de livre e espontânea vontade, como se tivessem um free pass para os sentimentos. Hoje gostam, fazem por estar, por conhecer, por dar atenção. Mas amanhã já estão cansadas, já dá trabalho, já não apetece continuar, porque o início é muito mais giro, a tentação é divertida, o perigo apimenta tudo.
Um dia vou inventar um manto de frieza com o qual me visto sempre que for tomar um café, ou jantar, ou ao cinema, ou simplesmente conversar com alguém. Só muito de vez em quando abro uma frecha, para ver no que dá. Se for intenso demais, o melhor é fechar novamente, voltar a tapar-me e deixar que os sentimentos sejam barrados pelo tecido.
Porque quando o sentimento acaba, o vazio é imenso.

Foto daqui / Picture from here


I cannot accept at all this tendency people have to come in and out of my life as they want, as if they had a free pass for feelings. Today they like, they make everything they can to be together, to get to know me, to pay attention. But tomorrow they are tired of it, it takes a lot of work, the willing to carry on fades away, because in the beginning everything is so much funnier, the temptation is amusing, the danger is spicy.
One day I will make a coldness cloak that I will wear anytime I go out for a coffee, a dinner, a movie or a conversation with someone else. I will only allow me to open it rarely, just to see what comes of it. If it's too intense, I will close it again, wrap it around myself and let the feelings to be blocked by the fabric.
Because once the feeling is gone, the emptiness is too deep.

3 comments:

Anonymous said...

Mas se prestares muita atenção vais ver que deixam sempre alguma coisa. E, sejam coisas boas ou más, ajudam-nos a crescer.

A Espiga de Trigo said...

É, uma deixou-me a marca de uma porta do carro na perna para sempre. Não é bonita, estragou-me permanentemente a perna, não me ensinou nada nem me fez crescer. E ainda hoje olhei para ela com atenção (par ver se tinha diminuído)...

Carla said...

A teoria de q tudo na vida nos ensina coisas é mt bonita pra desculpar merdas. É como bater com o pé na quina de uma parede. Não ensina nada,não evita que volte a acontecer,basicamente n se controla. Apenas deixa uma dor lixada D eventualmente um dedo partido...