Tenho uma grande fixação pelo 21 de junho. Desde que me lembro que sou feliz no 21 de junho, o mais comprido do ano.
Penso sempre em calor, em princípio de verão com promessas de praias, piscinas e fins de tarde a ver os morangos com açúcar e o Dawson's Creek dobrado, às escondidas, deitada de barriga para baixo no sofá.
Recordo a primeira vez em que abri as páginas do meu livro de eleição que começa precisamente no dia 21 de junho, quando tinha quinze anos e já estava de férias, e me apaixonei loucamente pelas personagens principais, pela Segunda Guerra e pelas noites brancas da Rússia. Foi aí que comecei a desenvolver uma pequena atração pela vida no campo, rodeada de lagos e de casinhas de madeira e de uma tranquilidade imensa de auto-subsistência.
O dia 21 de junho é, para mim, um abraço caloroso que recebo a cada ano. Vinte e quatro horas de mimo e de carinhos para me pedirem desculpa do frio do inverno e oferecerem alguns meses quentes.
E este ano, apesar de cinzento, desanimado e apático, o 21 de junho acabou de chegar com os mimos que me traz sempre, invariavelmente: o verão e o dia mais longo do ano.
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