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Saturday 19 July 2014

Baby in a corner

Ser a mais nova do grupo é uma tendência natural minha desde há já muito tempo. Só não sou a mais nova do grupo em casa, porque tenho três irmãos abaixo de mim, de resto, no trabalho, entre amigos, etc., sou sempre a pequenina. Isto é uma coisa que pode ter piada, até porque a maioria das pessoas que me rodeia, por já ter, obrigatoriamente, vivido mais, tem sempre mais para me ensinar, tem opiniões mais maduras, mais vividas, mais credíveis. 
No entanto, há uma também tendência natural para, mais tarde ou mais cedo, chegarmos ao ponto da condescendência. Seja porque me rio, seja porque tenho uma opinião, seja por causa das pessoas de quem gosto e das pessoas de quem não gosto, seja por causa dos meus projetos a curto e a longo prazo, há apenas duas pessoas do meu mundo que ainda não me atiraram com um isso é porque és muito nova, ou um vais ver que quando chegares à minha idade/quando passares por X pensas de maneira diferente.
A piorzinha de todas, aquela que mais tenho ouvido ultimamente, ronda o ainda tens muito para viver. E eu, que vejo os 30 ao virar da esquina, que vejo os meus planos a serem constantemente alterados; eu, que tenho pressa em tudo, penso, às vezes, que devia ter nascido dez anos mais cedo e que talvez assim já pudesse ter um bocadinho mais de pressa, já pudesse rir, criticar, opinar, gostar e desgostar sem as palmadinhas paternalistas e os encolheres de ombro.

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