O Porto é um dia de sábado de manhã com sol, em que se sai da cama diretamente para rua onde se tira o casaco porque, apesar de estarmos quase no inverno, está um calor atípico não abafado mas fresco. Passa-se pelo vendedor de castanhas, pelas lojas tradicionais abertas, pelos cafés fumegantes de aromas a um beijo doce e pelos edifícios novos e velhos que se misturam indiferentes à diferença de gerações.
O Porto não é uma cidade emblemática. Não deve haver ninguém que afirme não querer morrer sem ver a Câmara do Porto e a Avenida dos Aliados, sem passar na Rotunda da Boavista ou sem se debruçar sobre uma das pontes para ver o rio e as duas cidades. Não, o Porto é uma cidade carismática, com a sua idade avançada, orgulhoso de uma vida rica de passagens, de estadias, de descobertas e de vitórias. É uma cidade cansada e vibrante, luzidia e a preto e branco, cheia de sol e de sombras. É uma cidade de festa, de reencontros, de tradições.
O Porto pode não ser o rosto que recebe as novidades, os artistas famosos, as cadeias de cafés, de restaurantes ou de lojas de renome, porque prefere os recantos atípicos e acolhedores onde se entra e de onde não apetece mais sair, como a Casinha Boutique Café, uma outra dimensão de conforto sinestésico no meio da azáfama de carros, autocarros, pessoas e comércio. Um dos locais perfeitos para se passar uma manhã de sábado no Porto.
2 comments:
Acho que nao há ninguém que diga que não quer morrer sem ver o Porto porque não sabe o que lá há, a beleza que só ao Porto pertence. :)
Precisamente: não é uma cidade emblemática, é uma cidade carismática (:
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