Pertenço a várias famílias, todas elas interligadas, de uma maneira ou de outra. Tenho aquela no seio da qual nasci, que inclui os meus pais, os meus irmãos e a minha irmã e, agora, a minha cunhada e o meu marido. Tenho ainda a família mais alargada, que engloba os avós, os tios e os primos. Tenho a que construí só com ele, a que mais me orgulha porque é fruto da nossa vontade diária, só nós os dois. Tenho, desde antes ainda do casamento, a dele, dos pais, do irmão, dos imensos tios e primos. E tenho, também, a dos nossos amigos que, longe ou perto, estão sempre presentes quando é preciso.
Ultimamente já quase não sobram elementos na nossa cidade original, alguns emigraram dentro do país, outros para fora e ainda há mais a planear fazê-lo. No entanto, há um dia por ano, pelo menos, que nos obrigamos a passar juntos. Não é um dia fixo, escolhemo-lo de acordo com as disponibilidades de cada um, mas é um acontecimento que surgiu por acaso e agora tem uma importância inquestionável para cada um de nós.
Todos os anos fazemos um jantar de Natal em família, onde não podem faltar as melhores caipiroskas do mundo e arredores, as velas, as músicas de Natal, as fotografias e as gargalhadas intermináveis.
Hoje, uma vez mais, juntamo-nos porque tivemos a sorte de, algures, a vida nos ter juntado assim.
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