- Baixar o braço com a graciosidade que me é característica e embater brutalmente com o cotovelo no vértice de uma gaveta aberta. O buraco sangrou pouquinho, mas o suficiente para manchar a roupa.
- Descascar abóbora e cortar-me não na faca mas... na própria da abóbora.
- Levar um murro na testa porque o meu marido se espreguiçou sem saber que eu estava atrás (na diagonal) dele.
- Achar boa ideia usar a máquina depiladora para tirar os pêlos que unem uma sobrancelha à outra, por cima do nariz. E ficar queimada, como era de esperar, durante algumas semanas.
- Pegar na raquete e na bola, no ténis, para fazer um serviço e apanhar com a bola direitinha na testa. Tal como acontece às crianças quando começam a aprender a jogar com raquetes.
- Estar a andar no passeio e fechar os olhos enquanto contava três passos vezes três, para que algo que queria muito que acontecesse de facto acontecesse. Abri-los de repente ao sentir a mão arranhar-se impiedosamente no muro rugoso à minha direita, com duas filas de carros parados à minha esquerda. Não sou supersticiosa. Só tenho muito más ideias sangrentas.
- Falar ao telefone enquanto caminhava e olhava para o lado (armada em super mulher multi-tasker) e embater com as partes baixas contra um pilarete no meio de uma rua cheia de gente. Doeu, foi humilhante, mas foi sobretudo hilariante. Para quem viu e para mim.
- Estar parada ao lado da máquina da louça aberta e pensar "quando me mexer tenho de ter cuidado para não lhe bater". Mexer-me e dar-lhe um encontrão tão grande com a perna que a nódoa negra ainda dura (há quase uma semana).
- Ser assaltada numa noite depois de um exame que me correu mesmo muito mal. Desatar a chorar e dizer ao homem "ainda por cima hoje, depois de um exame que me correu mal". Ele receber a minha oferta e rematar com um "não te preocupes, vais ver que vais tirar boa nota".
- Ao virar a esquina fazer mal os cálculos e dar uma sapatada tão grande com a mão na parede que a senti dormente durante vários segundos.
- Tentar agrafar um caderno no ar (??) e agrafar o dedo (!!). Doeu e gani um bocadinho porque estava à frente de crianças e não podia dizer palavrões.
- Pegar numa nota de 10€ e cortar o dedo com ela. É para aprender a não ser forreta.
- Coçar a perna através das calças de ganga e fazer uma nódoa negra de mil e uma cores. Sou perita em autoflagelar-me sem intenção.
- Correr da sala à cozinha, tropeçar nas calças de pijama, nas minhas pernas e quase bater com a cara no braço do sofá. Sei que não devia correr em casa, mas tenho sempre pressa.
- Abanar o frasco do amaciador para o fazer descer e acertar com ele na sobrancelha. Uma patada bem macia.
- Transpor uma qualquer porta em casa e enfiar, vezes sem conta, o braço contra o puxador da porta (em L). Por mais vezes que o faça ainda não fui capaz de medir bem o meu volume e o espaço que tenho livre.
- Deitar-me na cama com a graciosidade que me é característica e acertar com a cabeça na parede. Para adormecer mais rapidamente.
- Sentar-me no autocarro, fazer um gesto brusco com a cabeça para atirar o cabelo para trás e acertar com a cabeça no poste de metal atrás de mim. Para disfarçar e fingir que não teve importância nenhuma, voltar a repetir o gesto (??!!). E voltar a doer.
- Ao descer as escadas para o metro pôr mal um pé e cair de joelhos no degrau abaixo.
- No cais do metro cheio de gente, com o chão molhado da chuva, escorregar do alto dos meus 10 cm de saltos e cair estatelada no chão. Levantar-me, dar três passos e voltar a repetir o processo.
- Queimar as pontas dos dedos ao retirar uma torrada da torradeira e, para complementar, cortar as costas da mão numa aresta do armário, ao abaná-la bruscamente por me ter queimado.
1 comment:
E vai estar sempre em constante actualização, este tipo de peripécias acontecem a todos ;)
Gostei muito do blog e muito obrigada pelo comentário :D
http://free-colors.blogspot.pt/
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