Encaramos constantemente momentos decisivos, mudanças de rumo de relevância variável, assumidas de acordo com o estado de espírito com que as recebemos. O primeiro par de saltos altos, um novo furo na orelha, o dia em que decidimos emagrecer, o rapaz que conhecemos para ser nosso namorado, um amigo novo, um emprego, uma casa, um filho...
O mundo conjuga-se, incansável, para acalentar a nossa natureza de ser eternamente insatisfeito, que almeja sempre um novo patamar e, assim que o alcança, desfruta-o intensamente durante o tempo em que o entusiasmo sobreviver, até começar a sonhar com o passo seguinte, tendo em mira o próximo patamar.
Ciclicamente, giramos em picos de ansiedade e de estagnação de forma a, pouco a pouco, sairmos do mesmo lugar onde começámos esta viagem.
Há, no entanto, o momento suspenso da espera determinada. Queremos o sim, em último caso o não. Nunca o talvez.
Bem-vindos ao meu presente.
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