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Monday 6 January 2014

Homonímia / Homonymy

Há pessoas que fazem parte da nossa vida duma maneira tão forte, tão marcante, que mesmo que não nos lembremos delas todos os dias, alegramo-nos facilmente de as ver e somos incapazes de não nos deixarmos contagiar pela sua presença.
Tenho uma prima com quem fiz planos para viver, na minha fase eufórica por Lisboa que tenho muita pena de não ter podido concretizar. Depois de passarmos aquela altura infantil em que a vergonha nos impedia de comunicarmos imediatamente assim que nos víamos, costumávamos passar uma parte dos verões juntas, as duas homónimas, a comer, ver televisão, fazer compras e a rir, rir muito, sobretudo com os disparates ditos nas intermitências do sono.
O tempo foi passando e deixámos de estar tantas vezes juntas. Temos a sorte de ter crescido na era das mensagens instantâneas, pelo que acabamos por estar sempre por dentro dos acontecimentos mas, ainda assim, não é como gostaria. E ultimamente dou por mim a vibrar com a felicidade dela como não vibro com a de quase mais ninguém, talvez por ter uma noção do quanto ela teve de lutar e da quantidade de obstáculos que teve de ultrapassar para alcançar a felicidade que, espero, está a viver.
Acabei de receber o meu convite ainda não oficial para o casamento dela com o homem que, tanto consegui perceber, é em parte responsável por esta onda de bons acontecimentos. Desatei aos pulos e aos guinchos, tal como uma menina histérica, porque a minha prima homónima, a minha Maninha vai casar e quer que eu esteja lá para ver.


Some people are a part of our life so strongly that even when we don't think about them everyday, we can't help not being compelled by their presence.
I have a cousin with whom I had plans to live with, during my phase of euphoric passion for Lisbon, which I am very sorry that had never really happened. As soon as we grew up and got more at ease with each other, we used to spend a part of our summer together, my homonym and I, eating, watching television, shopping and laughing very hard especially because of all the non-sense said between two dreams.
But time passed and we stopped spending so much time together, although we are lucky enough to have grown up in the instant messages era, which allows us to always know what is going on with the other.
Lately, I've been living her happiness as it was my own, maybe because I have a small idea of how much she fought and how many barriers she has overcome to achieve all of this.
I just received my non official invitation to her wedding with the man that, as far as I can see, is partly responsible for this happiness. I started screaming and jumping like a small girl, because my homonym cousin, my Big sister is going to get married and she wants me to be there to testify it.

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