Num ano em que dois* aniversários de amigos são celebrados à distância não há margem para dúvidas de que o rumo a tomar tende para a emigração. Eu para lá caminho, também, e é algo que quero muito fazer desde que fiz Erasmus. Quero voltar a sentir a excitação de aterrar num país novo, de gente conhecida e recheado de oportunidades, e começar a desenhar a minha história numa folha nova, acabada de sair da embalagem. E, pouco a pouco, ir decorando caminhos, adquirindo rotinas, travando novas amizades e conhecendo gente de vista e de nome, escolher um café e um supermercado de eleição, eleger as marcas e os produtos que melhor satisfazem as minhas necessidades, estabelecer comparações entre o meu país de origem e o meu país de acolhimento e saber viver com as diferenças.
Bem sei que nada é como a aventura de Erasmus, especialmente quando a vida de estudante ganhou novas responsabilidades e deu lugar ao mundo do trabalho, pelo que não estou colada a essa imagem utópica da realidade. Mas é um passo que, mais cedo ou mais tarde, vou dar no meu caminho. E, desta vez, vai ser mais fácil ainda porque vai ser dado inteiramente a dois.
* só porque os outros conseguiram estar cá nessas alturas
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