Passei a noite de sábado com um bebé de quatro meses ao colo, a palrar com ele, a rir-me com os sorrisos e as gargalhadas dele, a limpar-lhe o bolsado e a apertá-lo nos meus braços com vontade de o trazer para casa comigo. E quando pousei o bebé no colo do meu namorado e ele se aninhou perfeitamente... derreti-me.
Como era de esperar, toda a gente que passava por mim me perguntava se eu estava em estágio e se já estou pronta. Respondi sempre que não, que para já vamos casar e só daqui a três ou quatro anos é que encomendamos as crianças: uma menina, um menino e uma menina. Tudo com calma, um passo de cada vez. Iam-me respondendo que não devo ter pressa, que a liberdade acaba, que a vida muda completamente e que nunca mais volta a ser o que era, porque as preocupações multiplicam-se, as noites deixam de ser bem dormidas e passamos a ter responsabilidades que não podemos descurar.
Sei disso tudo, mas se pudesse tinha já um. Nada me agrada mais do que imaginar como será ter nos meus braços o primeiro fruto do meu amor, com o cabelo perfeito dele, o sorriso simpático dele, o humor agradável dele, e vê-lo crescer, tornar-se numa boa pessoa, grande (só se sair ao pai), bonita, simpática e inteligente de quem me orgulharei, de certeza.
Era só ter condições para isso e engravidava já este ano.
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