Foto daqui |
Eu vivi aquela época académica conturbadíssima: a da entrada do processo de Bolonha e da ambientação a todas as alterações que se impunham. Entrei num curso de quatro anos e acabei por fazer um de três com opção de me candidatar a um mestrado independente da licenciatura.
Por conseguinte, nunca ficou muito bem definido qual era o último ano do curso (se o terceiro, se o segundo do mestrado), pelo que a confusão foi adiando o ano das fitas.
No mestrado os meus colegas eram quase todos mais velhos, daqueles que tinham tirado cursos pré-bolonha e que já tinham as fitas assinadas e guardadinhas em casa no baú das recordações e com tanto estudo, trabalho e relatório, esqueci-me que o último ano era, provavelmente, o das fitas presas à pasta.
Nunca fui ligada à praxe, mas tenho uma ligeira pena (não muita) de ter sido finalista duas vezes e não ter umas tirinhas de tecido azul escuro assinadas pelas pessoas que me querem bem, como teve a minha família toda.
É duro ser cobaia da sociedade.
4 comments:
Eu levei a minha vida académica mt a sério. Uma etapa gira da minha vida.. que já passou!
Devias ter-te alinhado às cobaias revolucionárias. Também entrem num ano em que um curso pré-bolonha se tornou bolonha. Em todo o caso queimei as fitas no meu terceiro ano. Último ano é último ano, e nem toda a gente poderia seguir para mestrado. Apesar das contradições/contra-indicações de quem mandava na praxe na minha universidade, o pessoal uniu-se e as fitas existiram na mesma!
Kelinha, eu sou daquelas que gostam muito mais de trabalhar do que de estudar ;)
Rui Pi, a questão foi que o pessoal foi todo dispersando e quem chegou ao 3º ano comigo também não pensou nisso e achámos sempre que no mestrado é que era. Mal sabíamos que o mestrado era só para gente grande!
Ainda assim, continuas a tempo de ter as tuas fitas :)
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