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Wednesday, 10 July 2013

Traição e confissão

Ontem cá em casa discutia-se a infidelidade. Mais do que isso, discutia-se se se deve ou não confessar uma infidelidade.
Eu sou da opinião (demasiado linear, eu sei) de que não se parte para a infidelidade sem antes falar com o namorado(a)/marido/mulher e explicar-lhe que nos andamos a sentir postos de lado, menos valorizados do que o normal e que, por isso mesmo, andamos a pensar em ir para a cama com alguém. Acho mesmo que não é impossível, de todo, tratar o mal logo ao princípio com uma conversa séria. Claro que, para isso, é preciso que a relação se baseie, à partida, na honestidade e na partilha franca e aberta.
No entanto, se tal não acontecer, não consigo conceber a ideia de uma pessoa trair aquela com quem tem uma relação e guardar isso para si. Já ele acha que confessar uma traição pode prejudicar muito e muita gente sem trazer benefícios nenhuns, porque apenas serve para tranquilizar a consciência de quem a cometeu, ao que eu respondi que não só isso dava carta branca a alguém (neste caso eu) para fazer aquilo que bem entendesse sem que para isso tivesse de se sentir mal, como cada pessoa tem de viver com as consequências dos seus actos. Se traiu, vive com o que daí advém.
Mais uma vez ele não concordou comigo, porque um caso pontual de uma noite e que já esteja dado por terminado pode destruir uma vida inteira de união, prejudicar os filhos do casal, se os tiver, e magoar quem não fez por isso. Enquanto que eu, por mais pontual que a coisa seja, não gostaria de que me fosse retirado o direito de decidir se queria continuar a lutar pela relação ou desistir dela, por ter sido tão cruelmente maltratada.
É um tema muito delicado, onde as regras são subvertidas e os direitos questionados, mas gostava de saber mais opiniões quanto a ele.

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