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In other words...

Wednesday, 31 July 2013

Foi assim que me vesti (4)


Todas as semanas janto uma noite em casa dos sogros e outra noite em casa dos pais. É uma tradição que aprecio mesmo muito no verão, quando é possível montar a mesa no quintal ou fazer um churrasco no terraço e regá-lo com sangria ou vinho rosé; ou no inverno, quando a lareira passa a noite acesa, o forno aquece a casa, as luzes são ligadas mais cedo e as músicas de Natal, o chá e os chocolates aquecem o serão. E é uma maneira certa de estarmos todos juntos pelo menos uma vez por semana.


Tuesday, 30 July 2013

Desconhecido


Às vezes temos um plano que, respeitado, conduz à realização de um grande objetivo. Sonhamos, idealizamos, projetamos e só nos falta um único passo, não dependente de nós, para alcançarmos aquele patamar surgido em nós, pronto para saltar para o resto do mundo.
Disponibilizamo-nos a correr o risco, a dar tudo de nós, a mostrar a nossa alma desnuda a um público que desconhecemos, mas é preciso que alguém ainda faça alguma coisa. Fazemos, então, uma pausa necessária, adiamos o OK enquanto esperamos por um papel, um carimbo, uma autorização. Ainda falta, vai demorar. Não há pressa, porque o receio, a vergonha e a incerteza são, muitas vezes, a meta final. Mas a culpa não é nossa, porque uma outra pessoa qualquer, que não conhecemos, é responsável por antecipar a linha de chegada e por mudar o trajeto inicialmente pensado.
É uma justificação fácil para nós e para os outros que vão inquirindo, pedindo e querendo resultados. A culpa não é minha.
Mas eis que finalmente chega a carta com a autorização dada, eliminando todo e qualquer obstáculo que ainda houvesse, abrindo caminho para a meta real. O problema passamos a ser nós e a nossa consciência de que um passo em frente irá expor-nos perante nós mesmos e perante o desconhecido, sem que possamos prever o tipo de receção de que seremos alvos.
Está na hora de decidir: um passo cego em frente, ou prolongar
a paragem para descansar, arrefecer os músculos e, talvez, desistir?

Monday, 29 July 2013

Do quarto para o mundo


No percurso de uma vida, o quarto passa por vários papéis diferentes e vai adquirindo novos graus de protagonismo, não obrigatoriamente numa ordem crescente. Em crianças é lá que recebemos, inocentes, os nossos amigos, é para lá que vamos fazer os trabalhos de grupo e é lá que passamos a maior parte do tempo desde que saímos da escola. É um refúgio, um escape às conversas dos adultos, aos filmes chatos que não temos autorização para mudar, e é um cúmplice das horas que deviam ser de sono mas são de conversa ou de brincadeiras silenciadas. Na infância o quarto, o nosso reino, está decorado à nossa imagem, cheio de bonecos, peluches ou miniaturas de cozinhas onde fazemos assados a fingir e os servimos à família de brincar. Há lá imensa coisa para fazer, as hipóteses nunca se esgotam: lemos, pintamos as unhas, sonhamos com o rapaz da turma que nos sorriu, estudamos, choramos, falamos ao telefone. É lá que vivemos.
É então que chegam os primeiros namorados e, com eles, a regra obrigatoriamente revoltante de os receber na sala à vista de toda a gente. O quarto deixa de ser o refúgio e passa a ser o esconderijo, o local almejado para uns beijinhos mais privados e para as primeiras descobertas a sério. É, talvez, este o primeiro momento de transição, onde deixamos de estar livremente atrás da porta do quarto e passamos a estar à escuta, atentos a se alguém chega a casa para nos ralhar por termos desrespeitado a regra.
Quando, por fim, brincar aos adultos dá lugar a uma vida adulta legítima, o quarto adquire o estatuto de santuário da vida em casal, a cama já não é sofá para as conversas com os amigos que passamos a receber na sala. Fazemos uma visita guiada à casa e passamos orgulhosamente pelo quarto, já não cheio de posteres nas paredes, nem de fotografias engraçadas ou bonecos, mas que agora é um compartimento simples, apenas com o essencial, que apresenta um ou outro quadro elegante nas paredes nossas testemunhas. Contudo, é para a sala que os fazemos entrar, fazendo, também, da cozinha local de convívio, porque já não se encomendam pizzas ou frango assado para as jantaradas, pois passámos a apreciar cozinhar e oferecer algo mais elaborado àqueles a quem abrimos a porta de casa.
Eventualmente fazemos erasmus ou emigramos e o quarto é forçosamente, contra a nossa vontade, a própria sala, como se vivêssemos num hotel sem serviço de quarto e onde somos os nossos próprios empregados. Mas ansiamos pela casa maior com uma parede, pelo menos, entre o quarto e a sala, para que o pijama, a pílula e a roupa do dia anterior não estejam à disposição da vista das visitas, íntimas ou não.
Um dia mais tarde talvez tenhamos filhos e tentaremos incutir-lhes a noção de vida familiar passada na sala e eles vivê-la-ão aí connosco, até ao momento em que a adolescência chegar e lutarmos todos pelo equilíbrio da casa.
Abrir a porta do quarto e darmos uma oportunidade ao resto da casa é um dos primeiros sinais de crescimento e de maturidade.


Friday, 26 July 2013

Conversas depois de jantar (2)


Comento eu, a propósito da vida privada (não enquanto antónimo de pública, mas como oposto de livre) da Kate Middleton:
- Detestava ser uma princesa...

Responde ele, ao pensar que se aproveitasse aquela oportunidade tão descarada passava a ter um saldo bastante positivo, especialmente estando perante os sogros:
- Mas tu és uma princesa.

E pronto, acha que está livre durante algum tempo. O que ele não sabe é que isso só aumenta as minhas expectativas em relação ao romantismo dele.

Thursday, 25 July 2013

Vocação: fada madrinha


Muitas vezes o meu marido se regozija com o facto de já não termos de andar a pensar em ementas, de não termos de ir a correr à quinta para decidir a decoração nem termos de marcar reuniões com o Dj, o catering ou qualquer outro profissional relacionado com o casamento, porque já não temos de planeá-lo. E de todas as vezes eu respondo honestamente que adorei essa parte: decidir os convites, imaginar os cenários decorativos, planear o mapa das mesas, escolher as alterações do vestido. Tudo isso fez dos meses que antecederam o casamento uma experiência divertida que adoraria poder repetir.
Não me chega uma festa de anos, um jantar temático ou o Natal. O tema do casamento enche-me as medidas desde que sou criança, mas sempre achei que fosse como a maioria das mulheres que sonha com o seu próprio dia especial, com o concretizar da grande prova de amor. Todavia, cheguei à conclusão de que o meu não me bastou. Foi especial, sim, o melhor dia da minha vida até agora, as horas em que mais me diverti desde que pus os pezinhos neste mundo e voltaria a vivê-lo todas as vezes que fossem possíveis. Mas esta minha paixão vai além do meu próprio casamento e ainda hoje dou comigo à procura de blogs sobre histórias de amor que resultam num nó entrelaçado com a ajuda de amigos e da família num momento de alegria contagiante, a abrir sites de fotografias de noivos, noivas, padrinhos e meninas das alianças, e vou sentido pena de que o único casamento que alguma vez organizarei com tanto empenho e tão intensamente já tenha passado.
Não tenho jeito nenhum para desenhar, para pintar, cortar, colar ou qualquer outra coisa que se relacione com artes plásticas, mas tenho imaginação e uma alma incuravelmente romântica que me fez descobrir que devia ter nascido com duas mãos direitas e artísticas, porque estou a chegar à conclusão de que, se pudesse, fazia dos casamentos a minha vida.

Isto do Casamento (5) - O ramo

Sou das poucas mulheres que conheço que não ligam a flores. Posso passar num jardim e apreciar-lhes as cores ou o cheiro, podem ser as únicas coisas que sei desenhar, mas um ramo de flores não é uma prenda adequada para mim. Não gosto delas. Abro, apenas, exceção a rosas vermelhas (quanto mais escuras mais bonitas) e a espigas de trigo, mas rosas já ia ter no vestido, no chão e nas mesas, já chegava. Quanto às espigas de trigo, não achei que dessem um ramo bonito.
Por isso mesmo, a escolha do meu ramo foi sendo tranquilamente adiada, até porque cheguei a considerar nem sequer levar um. No entanto, tenho na sala o ramo da minha cunhada que apanhei no casamento dela, uns dias antes de ser pedida em casamento, e tenho a oportunidade de ter mais uma recordação física desses dois momentos. Quis poder proporcionar o mesmo a alguém.
No fim de semana anterior ainda continuava sem nenhuma decisão tomada nem em vista, mas foi então que, completamente por acaso, passei pela montra de uma loja decorada com espigas de trigo e gostei do que vi, mas percebi que tinha de ser uma coisa muito bem trabalhada, com muito bom gosto, para que não ficasse nem demasiado simples nem demasiado piroso.
Pedi à agora minha sogra que encomendasse um molho delas para eu depois lhes fazer alguma coisa. A meio da semana andava eu com dois sacos de plástico repletos de espigas e tive de ir à quinta, onde pedi à dona e, também, decoradora, se me fornecia uma tirinha de ráfia, porque talvez, com a minha falta de jeito, conseguisse arranjar o ramo.
A senhora indignou-se e recusou-se a deixar-me tratar eu daquilo, já que ainda tinha tanta coisa em que pensar, pelo que se ofereceu para me fazer um arranjo simples, mas bonito. E conseguiu exatamente o que eu queria e que nunca iria conseguir fazer.
Claro que uma coisa assim custa dinheiro, pelo que no total ficou-me pela fortuna de 4€.


Wednesday, 24 July 2013

A procrastinadora implacável


Quando tenho demasiado tempo livre acabo por nunca fazer nada daquilo que tenho planeado. Sou perita em adiar, em pensar faço amanhã e em nunca chegar a fazer. Só quando chega a véspera do fim do prazo é que me lembro de dar com a cabeça nas paredes por ter sido estúpida o suficiente para não aproveitar enquanto podia para fazer as coisas com calma.
A sério, tenho tantos planos, tantas ideias, podia fazer tanta coisa... mas tenho tanta preguiça!

Tuesday, 23 July 2013

Prender um cabelo curto (2) - "We're not in Kansas anymore"


Os cabelos curtos podem ser mais agradáveis no verão, porque deixam as costas libertas para apanharem a brisa fresca que houver. No entanto, se o calor for imenso, um rabo de cavalo ou um puxo que deixe o pescoço à mostra são as melhores opções para evitar transpirar o cabelo todo.
Contudo, há dias em que queremos variar, inovar e dar um novo enquadramento ao rosto. Foi isso que fiz hoje: dividi o cabelo em duas partes não iguais (consoante a risca que se faça) e, com cada uma delas, fiz uma trança metida que prendi com um elástico. Enrolei as duas partes desprendidas da nuca uma na outra e prendi-as com molas (pode ser com ganchos, mas as molas não me magoam).
Não é o penteado mais rápido de se fazer e cansa um bocado os braços, mas é fresquinho e confere um aspeto relaxado e cuidado ao mesmo tempo.



Monday, 22 July 2013

Foi assim que me vesti (3) - edição casamento


Ando a revelar o meu muito recente gosto por cai-cais, já que nunca tinha usado um na vida, mas no espaço de menos de dois meses já usei dois e gostei do que vi.
Para o casamento a que fui no sábado optei por um vestido curto preto rendado, legitimamente vintage, a contrastar com sapatos e acessórios brancos. Em teoria, não é suposto usar-se preto em casamentos, mas cada vez mais se vê gente assim vestida e, pessoalmente, prefiro ver os convidados com cores mais sóbrias.

A fotografia foi tirada de cima, o que distorce um bocado a minha imagem

Sunday, 21 July 2013

É verdade (2)


O golf e o mini-golf não têm absolutamente nada a ver. Não podem ser, sequer, considerados primos afastados. Nem enteados.
Fui para lá com a ideia de que não podia ser assim muito difícil, que é um desporto que não cansa, que nem sequer faz transpirar, especialmente tendo em conta que já dei umas voltinhas num campo de mini-golf e que me safei bastante bem.
Afinal, passei uma hora e meia a tentar acertar na bola e consegui, tenho de admitir, mas custou um bocado e nunca acertaria dentro de um buraco. Fartei-me de transpirar e fiquei com dores em vários músculos que não pensei que fossem necessários para esta atividade.

Saturday, 20 July 2013

Foi sexta-feira


Há dias em que não tenho nada para fazer e me limito a adiantar um bocadinho os meus projetos, sozinha. Não me custa, gosto de passar tempo comigo mesma, mas há alturas em que gosto de partilhar os meus momentos com outras pessoas, conversar sobre qualquer coisa sem importância, dizer palermices ou discutir assuntos sérios.
Andava há imenso tempo para combinar uma data de coisas com várias pessoas diferentes, mas nunca dava por uma ou por outra razão. E acabou por recair tudo sobre o dia de hoje: manhã de desporto, tarde dedicada a fazer empadas com o meu irmafilhado, jogo de ténis estafante com o dito e com o meu pai, mini rendez-vous com uma amiga e um jantar semi-romântico seguido de sessão televisiva com o marido.
Suspeito que vou adormecer mal pousar a cabeça na almofada. Como uma criança.

Thursday, 18 July 2013

Lanche intemporal






















Quando era pequena, ainda com dentes de leite, não comia nada com açúcar. Aliás, até aos 10/11 anos, comia obrigada e sem vontade, demorava horas e horas para comer um singelo almoço que, por vezes, tinha de acabar ao lanche ou ao jantar e chegava a deitar pela sanita abaixo ou a pôr diretamente no lixo aquilo que conseguia sem que ninguém visse.
Com a adolescência adquiri o prazer da comida (tanto que cheguei a compensar o tempo perdido, mas adiante) e foi nessa altura que descobri, a sério o mundo das coisas doces e dos aperitivos de queijo. Passei a gostar de quase tudo e vivi aquela fase que muitos miúdos vivem: a do quanto mais gorduroso/açucarado, melhor.
Já não sei muito bem como, mas a certa altura o meu lanche ideal era um dos mais banais, mas perfeito, porque aliava o melhor dos dois mundos: pão branco com manteiga e um copo de leite achocolatado. Molhava o pão no leite quase até se desfazer, apreciava o leite a fugir da gordura da manteiga e a alojar-se na massa fofa e farinhenta e comia com imenso prazer.
Mas quando ia a casa da minha avó paterna, havia uma coisa que comia sempre e só lá e que consistia muito simplesmente num iogurte de morango com açúcar. Deitava uma colher de açúcar, misturava muito levemente para não deixar de sentir os grãos e mastigava a mistura como se fosse a grande maravilha culinária. Quando o açúcar se dissolvia completamente, deitava mais uma colher e assim sucessivamente até acabar o iogurte.
Curiosamente, passei anos sem comer esta última mistalgada e quando voltei a fazê-lo, há não muito tempo, achei das coisas mais intragáveis de sempre.
Já o pão com manteiga empurrado com uma caneca de leite achocolatado frio mantem-se como um dos lanches mais confortáveis de sempre.

Wednesday, 17 July 2013

Prender um cabelo curto


Nos primeiros tempos depois de cortar o cabelo tive de desistir (de bom grado, devo admitir) de fazer-lhe penteados, a começar por tranças, que não funcionam em cabelos curtos e escadeados. Não me custa nada, até porque ainda não tive nenhum bad hair day, pelo que posso deixá-lo solto à vontade, sem parecer assustadora.
Mas acho que ele cresce bastante rápido e hoje dei por mim em frente ao espelho a tentar prendê-lo de alguma maneira, sem ser o batido rabo de cavalo. Aliás, o que queria mesmo era fazer um puxo desleixado, o que revelou ser um penteado simples, fácil e bastante compatível com o meu cabelo atual.
Não pode ser tão alto como o da fotografia porque o mais alto que consigo pô-lo é a quatro dedos acima do pescoço, mas vai ser um bom aliado para os próximos dias de calor.

Tuesday, 16 July 2013

Sven importado da Colômbia


O Sven do ano passado veio da Colômbia para estar no meu casamento. Gostou tanto que aproveitou a mega viagem para andar a conhecer um bocadinho mais da Europa e para reviver o São João, que já tinha conhecido.
No entanto, amanhã é o último dia dele cá e não sei se alguma vez voltarei a vê-lo, embora espere que sim, que gostava de conhecer a Colômbia (até porque ele me dá alojamento em duas cidades).
Isto de aceitar filhos adotivos em casa durante um ano é muito giro, muito divertido e permite conhecer várias culturas diferentes e, vá, ter estadia gratuita em várias partes do mundo. Para além disso, é obviamente uma ajuda enorme para os alunos de intercâmbio, que só podem ter essa experiência se tiverem uma família que os acolha no país para onde querem ir. Ainda assim, não sei se alguma vez irei fazer uma coisa destas porque assim que o ano acaba e eles vão embora, começam as saudades. E, enquanto que se forem aqui de Espanha é fácil manter o contacto, quando são do outro lado do Atlântico a coisa complica-se e é preciso que haja um casamento para que nos vejamos novamente.

Monday, 15 July 2013

Pilates weekly (08.07 - 14.07)

A semana que passou foi quase perfeita: desporto todos os dias tirando no domingo, em que fiz tão pouquinho que nem conta. Claro que ajuda imenso passarem dois episódios de Prison Break precisamente durante o meu período desportista.
Vi a primeira temporada toda, aos fins de semana, com o meu irmão, para aí há cinco anos. Entretanto fui embora e deixei de poder seguir, mas agora que, tantos anos depois, decidiram repor a série toda, não sei como aguentei tanto tempo sem descobrir o que aconteceu para além daqueles planos todos de fuga.

Friday, 12 July 2013

Deixai vir a mim

Não fui de férias, mas as férias dos meus pais vieram até mim, pelo menos um bocadinho.


Dois kitkat chunky de manteiga de amendoim e dois kitkat de menta (babo-me por chocolates de manteiga de amendoim e por chocolates de menta), uma lima de seis passos da Boots e umas reduced fat chocolate chunck cookies do Marks & Spencer.
A lima foi encomenda, o resto foram acréscimos muito bem vindos, escolhidos a dedo, para aterrarem bem lá no fundo, quando a minha alma precisar de consolo.

Thursday, 11 July 2013

Se tiver que ser, ao menos que valha a pena



O Rui Veloso também tem uma opinião sobre o assunto.

Traição: amor ou capricho

Ainda quanto ao tema traição, se algum dia tivesse de ser traída, preferia de longe ser trocada por uma relação a sério, um novo futuro para ele com alguém de quem gostasse mais do que gostava de mim. Não digo que ajudasse a ultrapassar a dor que, imagino, seria imensurável, mas, pelo menos, ajudava a racionalizar a troca que teria deitado por terra tudo o que houvesse entre nós. Contudo, sei que ele é da opinião de que se for para trair, ao menos que seja uma coisa de uma noite, sem importância, com um desconhecido, para que a relação tenha uma hipótese de se manter.
Alguém se manifesta?

Wednesday, 10 July 2013

Traição e confissão

Ontem cá em casa discutia-se a infidelidade. Mais do que isso, discutia-se se se deve ou não confessar uma infidelidade.
Eu sou da opinião (demasiado linear, eu sei) de que não se parte para a infidelidade sem antes falar com o namorado(a)/marido/mulher e explicar-lhe que nos andamos a sentir postos de lado, menos valorizados do que o normal e que, por isso mesmo, andamos a pensar em ir para a cama com alguém. Acho mesmo que não é impossível, de todo, tratar o mal logo ao princípio com uma conversa séria. Claro que, para isso, é preciso que a relação se baseie, à partida, na honestidade e na partilha franca e aberta.
No entanto, se tal não acontecer, não consigo conceber a ideia de uma pessoa trair aquela com quem tem uma relação e guardar isso para si. Já ele acha que confessar uma traição pode prejudicar muito e muita gente sem trazer benefícios nenhuns, porque apenas serve para tranquilizar a consciência de quem a cometeu, ao que eu respondi que não só isso dava carta branca a alguém (neste caso eu) para fazer aquilo que bem entendesse sem que para isso tivesse de se sentir mal, como cada pessoa tem de viver com as consequências dos seus actos. Se traiu, vive com o que daí advém.
Mais uma vez ele não concordou comigo, porque um caso pontual de uma noite e que já esteja dado por terminado pode destruir uma vida inteira de união, prejudicar os filhos do casal, se os tiver, e magoar quem não fez por isso. Enquanto que eu, por mais pontual que a coisa seja, não gostaria de que me fosse retirado o direito de decidir se queria continuar a lutar pela relação ou desistir dela, por ter sido tão cruelmente maltratada.
É um tema muito delicado, onde as regras são subvertidas e os direitos questionados, mas gostava de saber mais opiniões quanto a ele.

Coisas chatas do verão

As borbulhas por todo o lado, causadas pelas melgas, pelos mosquitos ou pelo calor, e que acabam por tornar-se em feridas, invariavelmente.


Tuesday, 9 July 2013

Coisas boas do verão


Os jantares lá fora, num terraço quase no topo de um prédio no Porto, parcamente iluminados pelas luzes noturnas da cidade.

Monday, 8 July 2013

Conversas ao deitar


Pergunto eu, num dos meus ataques de mimo:
- Tens orgulho em mim?

Ele deve ter revirado os olhos sem que eu visse e respondeu:
- Que pergunta... Claro...

Eu volto a perguntar:
- Em quê?

Ele riu-se e respondeu novamente, entre outras coisas:
- Em gostares de mim.

E, parecendo que não, tem razão: este deve ser, provavelmente, um dos maiores motivos
de orgulho para qualquer pessoa.

Saturday, 6 July 2013

Dia de praia


Não sou pessoa de praia e, por sorte, o meu marido também não. Somos mais de piscina, no limite, mas apanhar sol e calor intensivamente não é uma atividade da nossa eleição. No entanto, ambos temos o problema de sermos tremendamente branquelas, pelo que morenar um bocadinho não nos faz nada mal.
Andava já há algum tempo a insistir para irmos à praia mas ainda não tinha sido possível. Foi hoje, mas por um triz.
Deixámos passar o pico de calor e fomos até à Madalena. Como era de esperar, não havia onde estacionar, mas o pior foi que o mar estava, por qualquer motivo, muito sujo e cheio de espuma. Avançámos até Miramar, já prestes a desistir e irmos sentar-nos numa esplanada a comer um gelado, quando descobrimos um cantinho onde foi possível tomar banho, apesar de a corrente estar tão forte que me atirou ao chão e me obrigou a trazer um grande pedaço de praia dentro do bikini.
Para acabar o dia em grande, seguiu-se um banhinho limpinho com água muito fresca e seguir-se-á uma mariscada a dois lá fora, a sentir o aroma do verão no nosso Porto.

Friday, 5 July 2013

37ºC

Nesta semana de dias quentes, toda a gente sentiu a necessidade de apontar o óbvio e, portanto, tirou efusivamente fotografias aos termómetros do carro, da criança e do telemóvel para mostrar a quem pudesse não se ter apercebido de tal fenómeno que está calor.
Sim, está calor. Muito e acima dos trinta graus.
Eu, que não ando de termómetro atrás para descobrir se está calor ou não, ando com a ventoinha atrás de mim para todo o lado não só porque faço alergia ao ar condicionado, mas também porque, sozinha, percebi que está calor. E muito.
Não se queixem, que o verão é curto e acaba rápido.

Thursday, 4 July 2013

Azarito


Andei os últimos cinco dias a ansiar pelo momento em que iria vestir o bikini e passar a tarde a apanhar sol no terraço. Pois que hoje besuntei-me em protetor solar, pousei a toalha no chão, deitei-me... e apercebi-me de que há trolhas a trabalhar no telhado do prédio em frente ao meu e que, deitada na toalha, fico completamente exposta aos olhos deles. Não há nada que consiga abrigar-me, sem se
r entrar novamente em casa e deixar o apanhar sol para outro dia. Quando as obras acabarem.

É verdade


Comer de boca aberta não traz vantagens e é muito mais trabalhoso, porque é preciso ter cuidado para não deixar cair a comida da boca para fora. Pior ainda é aquela que tem molho, começa tudo a escorrer.
Comer de boca fechada é muito mais prático e elegante.

Wednesday, 3 July 2013

O essencial que é visível aos olhos


Adoro saladas e há dias em que as minhas refeições são unicamente saladas, daquelas tradicionais de alface e tomate, nada de massas, arrozes ou hidratos do género. Alface iceberg, tomate coração de boi (de preferência), umas folhas de manjericão e um bocadinho de queijo ralado.
Mas desde que tomei conhecimento da e. coli que tenho um grave problema: detesto fazer saladas, porque demoro eternidades a lavar a alface. Há uns tempos aprendi o truque de deixá-la de molho em água com vinagre, o que diminui o tempo do processo, mas perco imenso tempo a sacudir-lhe a água toda, folha a folha.
Até hoje, que saímos do supermercado com uma centrifugadora de alface manual. Era uma compra que ansiávamos há muito e que já começou a melhorar em muito a nossa qualidade de vida.
Hoje foi o dia em que as saladas e eu fizemos novamente as pazes.

Tuesday, 2 July 2013

Carrologia

Foto daqui
Carros não são a minha especialidade, na medida em que não sei avaliar o motor, a cilindrada ou os cavalos. Pouco mais sei medir do que o conforto, se me permite ver a estrada e se, obviamente, a aparência e a cor me agradam. Mas, de resto, nunca tive de escolher um carro. O único que me passou para as mãos foi deixado pelo avô do meu marido e ele já andava com ele quando o conheci. É um Nissan Primera de 92, escuro, comprido à frente e a trás (mais do que eu gostaria) e, acima de tudo, fiável. Tem 21 anos e durante estes cinco em que tenho andado com ele nunca deu problemas, tirando uma ou outra coisa insignificante.
Há marcas nossas nele a comprovar a nossa relação, como da vez em que o portão do estacionamento da faculdade veio contra ele, ou da vez em que as colunas do estacionamento do supermercado se meteram no caminho, ou da vez em que a coluna da garagem não se desviou.
Mais tarde ou mais cedo vou ter de separar-me dele, não só porque, em princípio, não vai durar para sempre (desconfio que até vai), mas também porque vou querer algo mais adequado a crianças e carrinhos e cadeirinhas. Tenho dois carros de eleição: o Beatle e o Citroën C3 pluriel, embora nunca venha a ter nenhum dos dois por só terem dois lugares atrás e uma vez que cheguei àquela fase da vida em que não consigo pensar mais à frente sem colocar crianças aqui e ali. O problema é que os carros de hoje têm cada vez mais mariquices e, consequentemente, mais avarias: são os que não precisam de chave e os que fazem x, y e z automaticamente e vai-se a ver e tudo isso avaria e é uma chatice, porque ao fim de um ano o carro tem de ficar internado na garagem durante umas semanas e transtorna-nos a vida toda.
Talvez mais do que do atual, só gostei do Opel Corsa vermelho do meu pai, porque não tinha cintos nos bancos de trás, mas não durou muito tempo e foi substituído por um maior e, obviamente, com cintos.
Hoje lembrei-me que o meu fiel carrinho não pode entrar em Lisboa e apercebi-me de que é bem provável que venha a ter cada vez mais limitações, porque um ano de carro equivale a muitos anos e a muitos quilómetros feitos, a embraiagens estragadas e a pneus gastos e acho que isso facilita um bocadinho a aceitação de que, provavelmente, até ao final desta ano vou deixar de ter uma relação tão próxima com ele como a que tenho agora.
Nem sempre seguimos rumos compatíveis, mas espero que ele ainda ande por cá mais alguns anos para fazer um bocadinho mais parte da família e pertencer, também, um bocadinho à terceira geração que, um dia, virá.
Foto daqui

Monday, 1 July 2013

Pilates Weekly (24.06 - 30.06)


Promessas furadas, foi o que foi. Não em relação à alimentação, que se baseia cada vez mais em iogurtes e saladas, mas em relação ao desporto. Cheia de boas intenções e de ideias inspiradas por imagens de corpos musculados e tonificados, apenas trabalhei duas vezes na semana que passou. Num dia tive uma reunião, no outro fiquei doente e assim se passou uma semana menos ativa do que o normal.