Para animar a rotina de uma semana de trabalho (e porque há coisas que têm de ser feitas senão o casamento vai mesmo sem festa), passámos duas horinhas entre o final da tarde e a hora de jantar na quinta onde iremos dizer que sim, chorar, dar muitos beijinhos, beber e dançar muito, a ver, uma vez mais, opções de decoração.
Uma vez que quero usar duas cores (uma neutra e outra forte) para decorar a sala, o problema principal reside nos fantasmas, vulgo capas das cadeiras, que não podem ser em preto, em castanho nem em vermelho, as únicas cores existentes na quinta. Mexe cadeira daqui, desaperta laço de organza, arrasta mesa, pousa copo alto com vela, enfia vela na taça baixa, experimenta com e sem espelho por baixo, imagina flores que não estão presentes, acende luzes, apaga luzes, tira fotografia, anota ideias e a coisa está feita porque a fome já aperta e a paciência começa a esgotar-se.
Sou uma pessoa muito imaginativa na escrita, mas em termos de trabalhos manuais sou um zero à esquerda e as minhas últimas experiências levam-me sempre a imaginar o cenário mais piroso e a dizer logo um não redondo enquanto não vir nada em concreto.
Ficou agendada mais uma visita no final do mês durante um casamento para ver as várias hipóteses de decoração e tentar decidir alguma coisa: pétalas? flores inteiras? ramo? velas grande? velas pequenas? velas grandes e pequenas?
Até lá vou passar numa exponoivos em Gondomar e tentar tirar ideias para dar mais sugestões à senhora que daqui a nada não me atura com tantas questões.
Apenas uma ideia ficou assente: nada de fogo de artifício. Que me perdoem as fãs, mas abomino aquilo, especialmente porque morro de medo de ser alvejada por um foguete em fuga.
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