Não sei muito bem se existe um destino, mas sei que acontecem muitas coincidências na minha vida que não sei explicar.
Hoje, como estava um solzinho maravilhoso, decidi ir com o meu namorado passear para a Foz. Ao fim de uma data de tempo lá conseguimos estacionar, porque toda a gente deve ter tido a mesma ilustre ideia, e, já lá em baixo de tudo, decidimos atravessar para o lado do mar. Enquanto o semáforo não mudava, pus-me a ler um dos muitos avisos escritos nos passeios, junto às passadeiras, onde apelam para a quantidade de vítimas de atropelamentos e fiquei a pensar um bocado nessa questão.
Entretanto o semáforo virou, vermelho para os carros, verde para os peões, comecei a atravessar e as pessoas do outro lado também. De repente, e a cena aconteceu a uma velocidade louca que nem deu tempo para perceber muito bem o que se estava a passar, um carro cujo condutor não viu que estava vermelho travou a fundo (daquele travar que faz imenso barulho, porque o carro ainda vai a deslizar sem rodar os pneus) e atirou uma mulher pelo ar. Por um triz, e ainda não sei muito bem como, não bateu na criança que estava ao lado da senhora, mas se o tivesse feito, os estragos teriam sido muito maiores e mais graves do que um salto estragado e uma perna dorida.
Fiquei completamente atordoada, com os joelhos a tremer, e só dizia Eu estava a ler aquela merda no passeio!, enquanto o meu namorado me respondia, como se eu fosse uma criança É que mesmo quando está verde para os peões é preciso olhar para os carros. O que é verdade: na estrada, qualquer segurança é, pelos vistos, pouca. E é impressionante como uma simples tarde agradável mandou uma pessoa para o hospital e envolveu outra em problemas legais.
1 comment:
Coincidentemente, na semana passada reparei nessa mensagem pela primeira vez quando andava a passear por Sta Catarina. Não dá mesmo para facilitar :/
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