Durante a semana que passou senti muito frio na rua e senti muito calor dentro de casa, vesti casacos quentes, luvas e gorros e vesti bikinis, andei imenso e refastelei-me na água quentinha termal, apanhei neve durante várias horas e fui brindada com sol durante uns minutinhos, arranhei umas palavras numa língua que ainda não me dediquei a aprender (com muita pena minha), comi bem e contei e ouvi histórias pela noite dentro. Mas, sobretudo, matei as saudades todas, que era isso que ia lá fazer.
No regresso, como tinha comprado roupa, tinha 200g a mais na mala de mão, pelo que a hospedeira ia tendo um colapso e guinchou-me que não, não podia ser de maneira nenhuma. Tirei duas peças de roupa, pu-las no chão, voltei a pesar a mala, enfiei de novo as peças de roupa na mala e embarquei. A chamada lógica da batata no seu esplendor.
Mas voltei com o coração mais reconfortado, à espera da próxima troca de visitas.