Há doze anos apaixonei-me pelo filho de uma professora minha. Escrevia o meu nome com os apelidos dele e achava que combinavam perfeitamente, especialmente porque ele era uma pessoa muito simpática, muito correta e que me tratava amorosamente, apesar de nunca como eu queria.
Três anos depois cresci, entrei para o secundário e perdi-me de amores por um bad boy não muito bonito (agora que penso nisso à distância acho, até, que tinha ar de sujo), algo convencido, bastante inteligente mas daqueles que não sabem aproveitar a inteligência que lhes foi oferecida e, para variar, era um querido comigo, mas andei anos à espera do beijinho que nunca chegou.
Há quatro anos mandei-me para Erasmus, perdi-me de amores apaixonantes pela minha outra cidade e pelo homem da minha vida, que conheci lá.
Quatro anos depois metemo-nos num avião rumo a Londres e ele levou, em segredo, uma caixinha no bolso. Ajoelhou-se, estendeu-me a caixinha com um anel lindo e pediu-me para casar com ele num bocadinho de tarde soalheira no Hyde Park, no meio da relva, sem ninguém à volta.
Eu disse que sim e sinto-me a mulher mais feliz do mundo.