Há precisamente uma semana, num fim de tarde triste, saí de casa para ir, finalmente, ver a árvore de Natal nos Aliados. A minha intenção era arejar e acalmar-me, mas também tentar imbuir-me um pouco do espírito de Natal. Consegui a primeira, a segunda não deve cá chegar a tempo.
Eu, que não tomo decisões nem peço desejos na passagem de ano, senti-me como uma criança a pedir àquela árvore metalizada que me trouxesse apenas duas coisas.
A primeira chegou pouco depois e pode ser o que põe a outra, que não sei se algum dia terei, em segundo plano.
Hoje, enquanto bebo um copo de Bailey's bem frio, depois de ter ido, novamente, dar uma volta para me acalmar, percebo que devo focar-me naquilo que posso controlar, em ser a melhor versão de mim mesma, em dar o melhor de mim, em exigir de mim e em contar com mais ninguém. Tudo o que vier para além disso é um bónus.